A carência de conexão social pode proporcionar custos econômicos significativos para os indivíduos, às comunidades e à sociedade. Além disso, a solidão e o isolamento estão associados a um menor desempenho acadêmico e pior performance no trabalho. O absentismo relacionado ao estresse atribuído à solidão também eleva consideravelmente os custos. O impacto da conexão social não afeta apenas as pessoas, mas também as comunidades em que vivem.13,19
A carência de conexão social representa uma ameaça significativa à saúde e a longevidade. A solidão e o isolamento social aumentam o risco de morte prematura em 26% e 29%, respectivamente.
Insuficiente ou precária conexão social está associada à elevação de 29% de doenças cardíacas, e um risco aumentado de 32% de acidente vascular cerebral, bem como associada ao aumento do risco de ansiedade, depressão e demência. Além disso, a falta de conexão social pode elevar a suscetibilidade a vírus e doenças respiratórias.
Um estudo de 2022 revelou que quando perguntaram às pessoas o quão próximas elas se sentiam emocionalmente dos outros, apenas 39% dos adultos nos EUA disseram que se sentiam muito conectados.13,29 Um indicador importante deste declínio da conexão social é um aumento na proporção de americanos experimentando a solidão. Pesquisas recentes evidenciaram que aproximadamente metade dos adultos dos EUA relatam sentir solidão, com algumas das taxas mais altas entre jovens adultos.13,30,32 Essas estimativas e muitas pesquisas indicam que a solidão e o isolamento são mais frequentes do que diversos e exuberantes problemas de saúde pública atualmente, incluindo o tabagismo (12,5% dos adultos nos EUA),33 diabetes (14,7%),34 e obesidade (41,9%),35 e com níveis comparáveis de risco à saúde e morte prematura. No entanto, apesar desta elevada prevalência, menos de 20% dos indivíduos que frequentemente ou sempre se sentem solitários ou isolados reconhecem essa condição como um real e significativo problema.13,36
O envolvimento e o apoio dos membros da família também têm demonstrado repetidamente melhorar o manejo da doença e a saúde das pessoas com diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.2,13,42
Pessoas com conexões sociais reduzidas podem ter maior suscetibilidade, e respostas imunológicas mais vulneráveis, quando expostas a agentes infecciosos. Estudos que examinaram os fatores contribuintes à doença após a exposição a vírus, descobriu-se que a solidão e o precário apoio social contribuem significativamente para o desenvolvimento e a gravidade dessas condições.13,43,44
Evidências substanciais relacionam o isolamento social e a solidão com a aceleração do declínio cognitivo e um risco aumentado de demência em adultos mais velhos,45,46 incluindo à doença de Alzheimer.47 A solidão crônica e o isolamento social podem elevar a possibilidade de desenvolver demência em aproximadamente 50%. Em estudo conduzido ao longo de 12 anos descobriu-se que as habilidades cognitivas diminuíram 20% mais rápido entre aqueles que relataram solidão.13,48